Projetos

Segundo o Plano Decenal de Energia – PDE (2023), entre 2011 e 2023 deverão entrar em operação 20 novas usinas hidrelétricas (UHEs) na Amazônia. Tais projetos alcançarão investimentos estimados em R$ 100 bilhões e gerarão potencialmente 36 mil MWs.

Os planos superlativos de aproveitamento dos recursos hídricos da Amazônia não param por aí. Estão em estudo outros projetos hidrelétricos como Cachoeira dos Patos (rio Jamanxim), Jamanxim (rio Jamanxim), Marabá (rio Tocantins), Santa Isabel (rio Araguaia).

Para onde e para quem a energia hidroelétrica da Amazônia está sendo produzida? Quais são os grupos econômicos que dominam o negócio da construção das barragens e como estes negócios influenciam o planejamento energético do governo federal? Quem financia estas obras, com que dinheiro e sob que condições?

Que impactos sociais, ambientais e territoriais cada um destes projetos e do “conjunto da obra” gerarão? Os órgãos responsáveis pelo licenciamento dispõem das condições técnicas, políticas e do tempo necessário para cumprir o papel de obrigar que se faça uma avaliação séria destes impactos e de exigir medidas do empreendedor e do estado para que tais impactos sejam mitigados e compensados? Quais os efeitos diretos e indiretos destas obras sobre a migração, o desmatamento e para os direitos de quem vive na região ou para lá emigra em busca de sonhos barrageiros?

É com a intenção de contribuir para que estas perguntas sejam feitas e respondidas que a iniciativa “Investimentos e Direitos na Amazônia” disponibiliza um banco de dados sobre os grandes projetos hidrelétricos, em construção ou planejados na região.

No banco de dados é possível visualizar 20 projetos que fazem parte do planejamento energético do governo. Destes 20 projetos, 17 estão no PDE 2023. Outros três projetos foram incluídos porque embora não aparecem no último PDE estão no horizonte do PAC e do Planejamento Energético.

As informações sobre cada obra estão reunidas em dois tópicos:

O projeto: apresenta sinteticamente dados sobre o estágio de cada obra, além de dados técnicos, econômicos e relativos ao processo de licenciamento, com destaque nesta última parte para informações sobre potenciais e efetivos impactos socioambientais.

Linha do Tempo: reúne informações produzidas ao longo do tempo por organizações sociais, mídias, instituições públicas, empresas, financiadores, academia, entre outros atores.