São Luiz do Tapajós

Os primeiros estudos sobre a viabilidade do aproveitamento hidrelétrico no rio Tapajós foram realizados pela Eletronorte entre os anos 1986-1991. Depois, em 2001, tiveram início os estudos de inventário Hidrelétrico da Bacia Hidrográfica do rio Tapajós, no trecho a jusante da confluência dos rios Teles Pires e Juruena, os quais foram aprovados pela ANEEL em 2009.

Capacidade: Previsão de 8.040 MW, com potencia média de energia firme de 4.012 MW.

Leilão: a previsão do governo é de que o leilão ocorra no primeiro semestre de 2015.

Investimentos previstos: R$ 19 bilhões

Estágio: Suspensa

Previsão de Entrada em Operação: 2021 (Fonte: PDE 2024)

O IBAMA arquivou o processo de licenciamento ambiental da UHE São Luiz do Tapajós.

O Estudo de Impacto Ambiental – EIA e o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA foram realizados pela Eletrobras em conjunto com o chamado Grupo de Estudos Tapajós formado pela Eletrobras, Eletronorte, CEMIG Geração e Transmissão S.A., Consórcio Tapajós, Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A, COPEL-GT – Copel Geração e Transmissão S.A., Électricité de France,  Endesa Brasil S.A., GDF Suez Energy Latin America Participações Ltda. Também participou da elaboração do EIA/RIMA a empresa CNEC WorleyParsons Engenharia S.A. que pertence ao grupo australiano WorleyParsons.

Os estudos foram apresentados ao Ibama em agosto de 2014.

Segundo os estudos, caso a obra seja aprovada, os primeiros a sofrerem os impactos serão os moradores das localidades chamas Vila do Pimental, Colônia do Pimental e São Francisco, que serão removidos para a construção do canteiro de obras.

Municípios atingidos: Itaituba e Trairão (PA).

Terras Indígenas: TI Praia do Mangue e TI Praia do Índio. Também comunidades locais cujo território ainda não foi reconhecido pelo estado: Área Km 43 da BR-230 (SawréApompu);Área Pimental; Área São Luiz do Tapajós (SawréJaybu); e Área Boa Fé (SawréMaybu, DaceWatpu e KaruBamaybu). O cadastro socioeconômico realizado durante o EIA revelou que, do total da população residente na área do empreendimento, 12% se autodeclararam indígenas ou com ascendência indígena, sendo, principalmente, Munduruku (51%), Apiaká (27%) e Sateré-Mawé (9%). As demais etnias citadas (entre elas Xavante, Guajajara, Caraú, Serra Grande, Canelas, Guarani, Juruá, entre outros) são provenientes de outras regiões.

Unidades de Conservação: Como a barragem afetaria as Unidades de Conservação Floresta Nacional de Itaituba II; Floresta Nacional de Itaituba I e Parque Nacional da Amazônia, em maio de 2012 foi aprovada a Medida Provisória 558, que alterou o perímetro destas Unidades de Conservação e viabilizou este e outros empreendimentos hidrelétricos no rio Tapajós (o Complexo Tapajós).